As patologias mais frequentes na anca infantil podem ser agrupadas:
Sinovite transitória da anca: (inflamação)
Normalmente afecta crianças entre os 3 e os 8 anos de idade. Manifesta se com dor na virilha com inicio súbito, dificuldade na marcha e limitação do movimento. Normalmente não existe febre. As causas possíveis para esta doença incluem uma infecção viral prévia, reacção alérgica ou traumatismo. A dor resulta da existência de uma inflamação da membrana sinovial (membrana que reveste a anca por dentro). Pode existir um aumento de liquido dentro da articulação que distende a capsula e aumenta a limitação de movimentos. O tratamento consiste em fazer repouso absoluto durante uma semana, medicação antiinflamatória e limitação de actividades durante pelo menos 3 semanas.
Artrite séptica da anca: (infecção)
É uma doença grave que obriga a um diagnóstico precoce e a um tratamento eficaz. A causa habitual é uma infecção bacteriana que se pode alojar na articulação por disseminação sanguínea a partir de outra localização. A infecção da articulação normalmente dá origem ao aparecimento de pús intra-articular e destruição da articulação. Normalmente tem um início rápido e é invariavelmente acompanhada por sinais sistémicos: febre e alteração das análises sanguíneas - leucócitos, velocidade de sedimentação e proteína c reactiva aumentadas). Existe normalmente um grande espasmo muscular à volta da anca. A criança está muito queixosa e a mínima tentativa de mobilização da anca desencadeia dor. O tratamento é urgente e quase sempre cirúrgico com drenagem do pús intra articular e lavagem. O liquido recolhido deve ser analisado para ter a certeza da bactéria que causou a infecção e para dirigir adequadamente o tratamento com antibióticos. O prognóstico pode não ser favorável se a bactéria for muito agressiva ou resistente aos antibióticos.
“Over use”:
As lesões por sobrecarga funcional da anca (excesso de actividade desportiva ou outras situações em que a anca em crescimento é sobrecarregada) podem categorizar se em lesões intra-articulares e lesões extra articulares.
fig.1: ressonância magnética de uma jovem ginasta de 13 anos a mostrar alteração degenerativa na própria estrutura do labrum (cor menos negra indicada pela seta amarela) do labrum por hipermobilidade. O mecanismo é sua compressão pelo colo femoral em amplitudes de movimento maiores que o normal. |
fig. 2: radiografia de um atleta de 14 anos que mostra um arrancamento da espinha ilíaca ântero-inferior pelo músculo recto anterior (quadricípite) |
Doença de perthes (consulte a secção "Doença de Perthes").
Epifisiolise superior do fémur (consulte a secção "Epifisiolise superior do fémur").
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