As várias técnicas de cirurgia conservadora são meios eficazes de corrigir deformidades congénitas ou adquiridas da anca (consulte a secção "Que benefícios tem a cirurgia conservadora da anca"). Devem ser aplicadas em função da deformidade da anca e não devem depender apenas da preferência do cirurgião. Embora nalguns casos as indicações ainda estejam a evoluir, sabemos seguramente que:

  • A cirurgia conservadora trata os sintomas.
  • Os doentes que mais beneficiam são os que ainda não apresentam alterações degenerativas articulares importantes.
  • A cirurgia resulta melhor em idades mais jovens.
  • Cada caso deve ser individualmente avaliado de forma cuidada porque a solução é muito personalizada.
  • A curva de aprendizagem destas técnicas e longa e exigente e devem ser efectuadas por um cirurgião experiente e com treino específico.
  • Não está demonstrado que previna de forma definitiva a evolução para artrose da anca, mas pode retardar o aparecimento da mesma.

Existem algumas complicações descritas que, apesar de não serem frequentes, o doente deve conhecer e discutir o risco com o seu médico:


Complicações inerentes a qualquer cirurgia da anca:

  • Trombose das veias dos membros inferiores, trombose pulmonar podem ocorrer mesmo apesar do tratamento preventivo efectuado com anti-coagulante.
  • Infecção da ferida operatória e dos tecidos mais profundos.
  • Lesão de artérias ou nervos da coxa.
     

Complicações inerentes à cirurgia conservadora da anca (cirurgia sem colocação de prótese):

  • Pseudartrose das osteotomias (osso não consolidar onde foi cortado) obrigando a uma re-intervenção cirúrgica.
  • Falência dos parafusos utilizados na fixação do osso.
  • Necrose óssea da cabeça femoral e eventualmente ter que ser colocada uma prótese da anca (complicação muito rara).
     

Complicações inerentes à cirurgia de colocação de prótese total da anca (primária ou de revisão):

  • Diferença de comprimento dos membros inferiores – pode existir a necessidade de alongar o membro para aumentar a estabilidade da prótese colocada.
  • Instabilidade da prótese – existe sempre o risco dos dois componentes da prótese se desarticularem especialmente em situações de movimento excessivo em relação ao que a prótese permite. Para corrigir esta situação pode mesmo ser necessário uma re-intervenção cirúrgica.
  • Infecção dos implantes que pode ocorrer no pós operatório imediato ou mesmo meses/anos depois – esta complicação normalmente necessita de re-intervenção para remoção dos tecidos infectados ou mesmo remoção temporária ou definitiva dos mesmos.
  • Pode ocorrer falência mecânica dos implantes utilizados na substituição da articulação que implique a sua substituição por outros.

As complicações descritas são universais, estão descritas na literatura existente como possíveis, apesar da experiência e cuidado do cirurgião. De um modo geral, quanto maior a experiência do cirurgião menor a taxa de complicações.

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